terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tecnologia e Terceira e Idade

A tecnologia invadiu as casas, empresas, instituições de todos os tipos. A sociedade como um todo está se tornando informatizada. Os recursos da imprensa, rádio, TV, telefone, fax, vídeo, computador e Internet são disseminadores de culturas, valores e padrões sociais de comportamento. Todos esses artefatos fazem com que a comunicação seja intermediada pela máquina e não pela voz humana. No entanto, a tecnologia é um termo que envolve conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados a partir de tal conhecimento, vai depender do contexto. Existe um equilíbrio muito ténue entre as vantagens e as desvantagens que o avanço da tecnologia traz para a sociedade. A principal vantagem é refletida na produção industrial : a tecnologia torna a produção mais rápida e maior e, sendo assim, o resultado final é um produto mais barato e com maior qualidade.
As desvantagens que a tecnologia traz são de tal forma preocupantes que quase superam as vantagens, uma delas é a poluição que, se não for controlada a tempo, evolui para um quadro irreversível. Outra desvantagem é quanto ao desemprego gerado pelo uso intensivo das máquinas na indústria, na agricultura e no comércio. A este tipo de desemprego, no qual o trabalho do homem é substituído pelo trabalho das máquinas, denominamos desemprego estrutural. As mudanças transparecem nas diversas dimensões de viver na sociedade tecnologizada. Com a sofisticação dos recursos da tecnologia, torna-se maior a amplitude de acesso à informação, assim como a qualidade de veiculação e recepção se mostra em diferentes níveis de mídia. O acesso fácil e rápido, quase que instantâneo, à informação relativiza a questão do tempo e do espaço. As informações infiltram-se por todos os lados, quase que não precisamos ir atrás delas, pois elas passam a se apresentar a nós exaustivamente, intervindo nas nossas relações e comportamentos. O ambiente familiar, antes convergente e constituído em volta das figuras da mãe e do pai, fica diluído entre os mitos eletrônicos, que são endeusados e assumem a tutoria da infância. Para Pretto, o analfabeto do futuro será aquele que não souber ler as imagens geradas pelos meios eletrônicos de comunicação. E isso não significa apenas o aprendizado do alfabeto dessa nova linguagem (1996:99).
A nova geração é introduzida nesse universo desde o nascimento e por isso sua intimidade com os meios eletrônicos ocorre numa relação de identificação e fascinação (Pretto, 1996). A geração dos idosos de hoje tem revelado suas dificuldades em entender a nova linguagem e em lidar com os avanços tecnológicos até mesmo nas questões mais básicas como os eletrodomésticos, celulares, os caixas eletrônicos instalados nos bancos. Conseqüentemente, aumenta o número de idosos iletrados em Informática, ou analfabetos digitais, em todas as áreas da sociedade.
Esse novo universo de relações, comunicações e trânsito de informações pode se tornar mais um elemento de exclusão para o idoso, tirando-lhe a oportunidade de participar do presente, marginalizando-o e exilando-o no tempo da geração anterior, relegando sua função social à memória, ao passado. Para inserir-se na sociedade tecnologizada, ele precisa ter acesso à linguagem da Informática, dispondo dela para liberar-se do fardo de ser visto como alguém que está ultrapassado e descontextualizado do mundo atual.
Há uma necessidade em dominar os recursos do computador devido à sociedade ter se tornado informatizada, atingindo todos os âmbitos, e permeando o cotidiano dos indivíduos nas mais variadas faixas etárias. É preciso prevenir a exclusão dos indivíduos idosos por desconhecerem a nova linguagem que se dissemina também nas conversas sociais.
O perfil de idoso mudou muito nos últimos tempos. Apesar de ser um universo heterogêneo, pode-se dizer que, na época dos nossos avós, o idoso recolhia-se ao seu aposento e vivia o resto da vida dedicado aos netos, à contemplação da passagem do tempo pela fresta da janela, a reviver as memórias e relembrar e recontar as lembranças passadas. Relegava-se a pessoa idosa ao passado, ao ontem, não reservando um espaço digno e louvável ao indivíduo na velhice, no tempo presente. Para King (1997), o advento da tecnologia provê a pessoa da terceira idade com oportunidades para se tornar um aprendiz virtual, fornecendo educação continuada, educação a distância, estimulação mental e bem-estar. A tecnologia possibilita ao indivíduo estar mais integrado em uma comunidade eletrônica ampla; coloca-o em contato com parentes e amigos, num ambiente de troca de idéias e informações, aprendendo junto e reduzindo o isolamento por meio da experiência comunitária. Muitos idosos vêem a tecnologia computacional favoravelmente e acreditam nos benefícios da aquisição de habilidades básicas para dominar o computador (Morris, 1994).
Computadores e tecnologias da comunicação oferecem um potencial de melhorar a qualidade de vida da pessoa na terceira idade, provendo-a com as informações e serviços externos a sua residência, contribuindo para facilitar a vida das pessoas que têm dificuldade ou dependem de outros para se deslocarem.

Referências:
LOMAS, Carlos. "Alfabetização midiática e educação crítica: a mídia e a construção social do conhecimento". In PÉREZ, Francisco C. et al. Ensinar ou Aprender a Ler e a Escrever? Aspectos teóricos do processo de construção significativa, funcional e compartilhada do código escrito, Porto Alegre: Artmed, 2001.
MORRIS, J. M. "Computer-training needs of older adults". Educational Gerontology, 20: (6), 541-555, sep. 1994.
PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola sem/com futuro. Campinas-SP: Papirus, 1996.
NOTAS:
* Doutora em Educação / PUC-SP.
1. Este artigo foi extraído do capítulo III da Tese de Doutorado: KACHAR, Vitória. A terceira idade e o computador: interação e produção num ambiente educacional interdisciplinar, pós-graduação em educação: currículo, PUC/SP, 2001.
2. http://www.mbnet.mb.ca/crm/oalt/projovrvue.html
3. Noventa artigos foram localizados e estudados.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

educação e tecnologia

O meu primeiro dia de aula em contato com a disciplina foi com a presença da tecnologia de forma bastante rápida diferente daquelas aulas que eu vinha tendo. Foi uma aula dinâmica com a interação da máquina onde as formas de ser e pensar estão emergida na informática,
a qual exige nova formas de construção e colocado para trás as formas tradicionais e querendo sempre buscar pelo o que é novo, edificando as formas de subjetividade, as relações sociais e ambientais.

quinta-feira, 30 de outubro de 2003

A revolução da sociedade

As mudanças que a sociedade vem fazendo com a gente e, trabalhando as noções de passado, presente e futuro de uma sociedade, isto é, o que foi, o que é e o que será, são elementos fundamentais para se compreender, planejar e/ou transformar uma sociedade mais humana e igualitária.
Assim, o estudo da práxis pedagógica relacionada ao tempo histórico, é de suma importância porque o seu entendimento e/ou explicitação pelas docentes, poderá auxiliar o aluno a compreender a sua própria vida e a da sociedade em que vive, na medida em que, no processo de ensino/aprendizagem se busca detectar distorções existentes no ensinar os indivíduos não somente a se localizar no tempo, como também a perceber as transformações e/ou resistências às mudanças ocorridas a seu redor e na História, sejam elas, locais ,regionais , nacionais ou mundiais.